Líder
Fernando Madureira atual líder dos Super Dragões, revelou ao zerozero que antes de representar um clube, Fernando Madureira tem duas condições prévias. A primeira é que «o FC Porto está acima de tudo» e a segunda passa por fazer-se acompanhar pelos amigos que desde há muitos anos jogam futebol com ele. Foi com esses termos que ingressou no Canelas 2010 no início desta temporada.
«O ano passado estava no Sangemil e tive uma experiência bem-sucedida porque fui campeão de série. Entretanto, houve uma divergência de ideias com a direção do clube e decidi abandonar. Quando o Canelas soube, as pessoas do clube vieram falar comigo e eu disse que não ia sozinho, que tinha que levar os que andam sempre comigo, que são oito ou nove jogadores que já foram meus companheiros no Passarinhos da Ribeira, Miragaia e Sangemil. Aceitaram as condições e a partir daí tem sido um sucesso», revela.
O faro pelo golo não é de agora e no Canelas 2010 não está a deixar o crédito por mãos alheias. Com o número 9 estampado nas costas, Fernando Madureira tem sido decisivo com 12 golos em apenas oito jogos. O avançado de 37 anos prefere repartir o êxito por todos os colegas de equipa mas é um facto que esta ressente-se quando não joga ou quando tem que deixar o jogo a meio para ir torcer pelo FC Porto.
Foi assim na receção ao Lusitanos, com o jogo a terminar empatado a três golos após o Canelas 2010 estar a ganhar por 3x0 ao intervalo, altura em que Fernando Madureira teve que sair para apoiar o FC Porto em Estoril, e na deslocação ao reduto do SC Campo, que não contou com a presença do número 9 porque viajou com os dragões para Kiev.
«É muito difícil conciliar as duas coisas. Ainda este domingo tive que sair aos 15 minutos da segunda parte porque o FC Porto ia jogar a Braga. Quando jogámos em casa com o Lusitanos Santa Cruz estávamos a ganhar 3x0 e tive que sair ao intervalo. Eu, o Aranha e mais outro jogador tivemos que sair porque tínhamos que ir para Estoril. O treinador claro que teve que fazer as substituições todas de uma vez porque aí era mesmo impossível ficar até ao fim. Tivemos que ir quase a voar com o carro porque ainda tínhamos que fazer 350 quilómetros. Já faltei também ao jogo quando fomos a Campo porque o FC Porto ia para a Ucrânia no domingo, às 14 horas, e aí foi mesmo impossível jogar. Tento conciliar mas em primeiro lugar está sempre o FC Porto», assegura.